15 de abr. de 2012

Um Zeca Baleiro, Braseiro e Brasileiro

Enquanto um José Ribamar sai de cena por breves instantes num hospital em São Paulo, outro José Ribamar sobe num palco para lançar um CD na Terra da Garoa.

O primeiro José citado, de fumaças literárias irrecuperáveis, é o primeiro presidente da Nova República.

O segundo José citado, cuja verve fumegante não dispensa a construção de versos poéticos em canções idem, é o Zeca Baleiro.

Os dois Josés vieram do Maranhão. Semelhanças entre os dois, só de nome e estado de origem.

Há gostos e desgostos para tudo e para todos, até para os marimbondos de fogo de um livro do ex-presidente. Prefiro a arte de Baleiro.

No estado terminal do mercado de discos, noventa por cento dos artistas prefere apenas "sentir", deixando de lado o "refletir". Nesse ambiente contagioso, por vezes contagiante, Zeca é a exceção honrosa. Em seu cancioneiro, junta sentimento não-umbigal com reflexão impiedosa.

Você deve conhecer alguma canção do compositor. Se não conhece, deve conhecer de verdade.

"O Disco do Ano", cujo show de lançamento acontece em São Paulo dia 16, está disponível aqui.

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