... mas são pitacos que outras pessoas "curtiram" no meu Facebook.
1. Convicção reforçada a cada dia: não ir correndo aos cinemas quando se anuncia "um grande lançamento". Em muitos casos e em muitos filmes, não vou depressa, nem devagar, nem amarrado.
2. Gente de suposto nível universitário, que deveria escrever decentemente ao menos um bilhete de "Vou comprar pão ali na esquina e volto já", continua dando shows de desatenção, devoramento de letras indefesas e má conjugação de verbos nas redes sociais.
Diante desse ambiente apavorante, começo a preferir os analfabetos funcionais. Pelo menos eles não dispõem de salto alto nesse departamento.
(As exceções sempre existem, é claro. E são elas que continuam salvando a pátria amada. Salve, salve!)
3. Ouvi no rádio uma pessoa que desconhece a existência das vírgulas. Ela desesperada pra falar tudo, como se desconfiasse que a voz irá desaparecer para sempre no segundo seguinte. E esse "tudo" é um amontoado de frases-feitas: misto de autoestima elevada e autoajuda irrelevante. Haja!
4. Nelson Rodrigues referia-se aos "desconhecidos íntimos", leitores de suas colunas nos jornais. Hoje, qualquer pessoa tem seus "desconhecidos íntimos" nas redes sociais.
São tantas conexões - entre amigos, amigos dos amigos e conhecidos dos conhecidos - que você confere a lista de "amigos" e acaba concluindo o óbvio ululante: não conhece ninguém de verdade.
5. Quem usar de novo a frase "somos criativos", tentando me convencer a utilizar seus serviços, vai me convencer em definitivo da sua falta de criatividade.
6. Usar uma expressão em desuso, como "virar o disco", pode provocar a seguinte pergunta de um moleque da geração Y: "Virar o disco rígido? É tipo isso?" Outra expressão, "queimar o filme", ainda faria sentido num mundo onde até celulares tiram fotos, sem filme algum?
Um comentário:
Gostei do "nem amarrado", Érico. Mas, se você curte HQ, pode ir ver Os Vingadores. O confronto entre o Hulk e o Loki foi sublime. Eu quase aplaudi. Beijos!
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