Esse é o cara em quem você, todo apressadão, tentando achar a rua que nunca aparece na sua frente, esbarra na calçada.
Na rua onde você imprime suas pegadas, você não queria estar. Porque não é a rua do seu compromisso inadiável.
Você olha a cara do cara. Parece o cara mais honesto, mais confiável do mundo. Ideal para você depositar suas esperanças. Um cara com cara de GPS ambulante.
Você pergunta a ele qual é a rua-tal. Aquele cara de cara límpida, íntegra, calma, olha para a sua cara ansiosa. E faz o que nenhum cara com essa cara faria: ri da sua cara.
A rua-tal, a rua do seu compromisso, é a mesma rua em que você está. A rua que você não se deu ao trabalho de olhar o nome nas placas das esquinas. Por conta da pressa e do desespero em chegar ao seu compromisso.
Esse é o cara. O cara-de-trouxa que você achava servir apenas para lhe dar a sua sagrada informação. O cara que riu da sua pressa, da sua desatenção e da sua cara.
Esse é o cara que você nunca mais desejará que cruze o seu caminho.
E agora? Onde você vai enfiar a sua cara? Na rua-tal ou na rua-que-pariu?
Um comentário:
Sem dúvida alguma... na segunda opção!
Abraço, Célia.
Postar um comentário