28 de jun. de 2009

Eu na MAD - 6

A revista MAD 15 já está nas bancas.

Estou na edição numa parceria com o Bira Dantas: "Métodos MAD para enfrentar a crise". Eu no texto, ele no desenho. Gostei da nossa tabelinha.

A revista custa 6,50. Sai todo mês pela editora Panini.

27 de jun. de 2009

Caricaras na Província

O jornal A Província, de Piracicaba, me marcou profundamente. Era o jornal que eu queria fazer quando crescesse. O jornal que eu gostaria de participar.

Eu queria escrever como o Cecílio Elias Netto, desenhar como o Douglas Mayer e ter a capacidade de dar uma cara tão bonita a um projeto gráfico, como foi feito com o semanário de Piracicaba.

Em tempos mais recentes, A Província migrou para a internet. E agora sou um dos colaboradores do jornal virtual, com a seção de humor Caricaras. Ao lado do Cecílio e do Douglas, semanalmente.

Sonho realizado.

25 de jun. de 2009

Querido diário... (parte 5 de quaisquer)

- Está chovendo canivete lá fora. Belo começo de dia. Tirando os canivetes, é tudo verdade. Um It's all true sem Orson Welles.

- Vi dois amigos em tempos diferentes. Um abria uma exposição num bairro simpaticíssimo em São Paulo. O outro estava em casa e eu o visitei. Os dois donos de coleções de CDs imensas. Na exposição, mostrando seus trabalhos num vídeo especialmente feito para a abertura, o primeiro mostrava paredes e paredes e prateleiras e prateleiras de CDs com toda a MPB possível. O segundo me mostrava sua também imensa coleção, tendendo mais para o rock. Os dois amigos são músicos, com certa timidez em assumir publicamente esse dom. Tempos diferentes, estes, em que ter coleção de CD parece coisa de dinossauro recém-extinto.

- Spike Jones é o cara.

- O Senado? Nem falo nada. Tanta gente falando por mim sobre as peripécias do tal senhor de bigode chefe da bagaça. Deixa essa turma falar. E ele também. Em boca fechada não entra mosca, mas o tal senhor não se furta a abri-la. Com bigode tingido e tudo.

- As canções de Noel Rosa entraram em domínio público há alguns meses. Agora é que a MPB não vai sair do lugar.

- Eu como letras ao digitar textos para o blog. É que sempre escrevo na hora do café da manhã. Quando as letras sobram, é arroto. Perdão.

22 de jun. de 2009

Humor sem querer

Adoro a Adriana Calcanhotto. Pra mim, das cantoras-compositoras deste Brasilzão de Deus, ela é a melhor.

Seus últimos CDs (Adriana Partimpim e Maré) não saem dos meus ouvidos. Depois do trabalho infantil, Adriana incorporou nas canções novas uma leveza inexistente em seus discos anteriores. Ponto pra ela.

No entanto...

Há uma canção recente, do Maré, que não consigo escutar sem me contorcer em risos ferozes e felizes. É aquela que diz: "... e a montanha insiste em ficar lá parada".

Uai. Que eu saiba, a montanha não tem outra opção, a não ser ficar onde está. Ou tem? Vai saber.

18 de jun. de 2009

Querido diário... (parte 4 de inúmeras)

- Erasmo Carlos tem CD novo na praça e no MySpace. Dos velhos roqueiros "made in Brasil", ele me parece o melhor de todos. Assim como há as torcidas Emilinha X Marlene, Chico X Caetano, Charlie Brown X Los Hermanos, há as torcidas Roberto X Erasmo. Quem gosta do Rei, corre o risco de ser enquadrado na categoria dos babacas. Gostar de Erasmo confere automaticamente a qualidade de "gente boa" ao ouvinte. Independente dessas conversas moles pra fã dormir - porque carisma não se explica, se curte - Erasmo Carlos mora nos meus ouvidos. Mora?

- Lula disse que Sarney não pode ser tratado como "pessoa comum". Eu, como pessoa comum, não gostaria de ser tratado como Sarney.

-Minhas companhias no dia a dia são quatro gatos. Toda santa manhã, um deles arranha a porta do escritório, desliza ao mesão próximo à janela, contempla longa e filosoficamente a paisagem e pula a janela. É a maneira de pensar no dia que está começando. Na minha manhã, vou à mesa do computador e escrevo as tarefas do dia na agenda. Mas de vez em quando dou meus pulos do gato.

- Os jornalistas não precisam mais de diploma para exercer sua profissão. A obrigatoriedade do documento foi derrubada pelo STF, em Brasília. Eu, que sou cartunista, comecei minha (pigarro) carreira em redação de jornal. Foi uma bela escola. Depois fiz muitos projetos editoriais sem jornalista por perto, a não ser precisava do tal "jornalista responsável". Cada um tem sua opinião a respeito do diploma na profissão, de acordo com seus interesses ou humores. Já vejo os dedos apontados nos rostos em mesas de boteco.

- Adoro os desenhos do Zé Carioca, aqueles feitos nos anos da Política da Boa Vizinhança. A voz do papagaio era feita por um paulista, músico de Carmem Miranda. Aloysio de Oliveira, também ligado à cantora dos balagandãs, inventou um padrão de locução para os desenhos. Fiquei surpreso ao descobrir, muito tempo depois de ver as animações, que ele ajudou a divulgar a Bossa Nova como produtor e dono do selo Elenco. O homem não era apenas uma voz de desenho animado. Papagaio!

15 de jun. de 2009

Querido diário... (parte 3 de outras)

- Acordei. Me cocei. Levantei. Escovei os dentes. Peguei um café. Liguei o computador. Abri a caixa de e-mails. Abri o meu blog. E comecei a escrever esta frase, indignado com esse exibicionismo que assola os blogueiros. Precisa contar o seu dia a dia segundo a segundo aos leitores? Todo mundo está virando manchete de si mesmo.

- Enquanto isso, os cinquenta anos de carreira do Rei vão sendo comemorados com espetáculos iguais em lugares diferentes, nunca com espetáculos diferentes em lugares iguais. Todo dia ele faz tudo sempre igual, e acorda fãs às seis horas da manhã para conseguir ingressos. Céu de brigadeiro, ainda tudo azul para o Rei. Menos com a venda de CDs, ruim para todo artista que um dia já se sobressaiu por suas cifras. E não estou falando de cifras musicais.

- Descobri o blog do Fabricio Carpinejar. Diferente dos cronistas engraçadinhos que sempre deram as cartas na literatura jornalística. O cara faz até consultório sentimental! E não se esconde por trás de pseudônimo. Se bem que esse nome dele já parece pseudônimo...

- Sabe quando a gente se constrange pelos outros? Uma pessoa faz uma asneira e a gente fica sem ter onde enfiar a cara, sendo que a tal pessoa é que deveria ter feito isso? Então. Senti a sensação ao ver um álbum de fotos no Orkut, mostrando uma coleção de quadrinhos. Inteira, foto a foto! Centenas de gibis. Em tempos de opção pela falta de privacidade absoluta, onde o cidadão coloca no Orkut até quantas obturações possui, idolatrar um punhado de revistas deveria ser o menor dos pecados. Mas volto ao começo do tópico, e continuo envergonhado pelo colecionador. Os nerds são desavergonhadamente felizes, eu não sou.

12 de jun. de 2009

Querido diário... (parte 2 de algumas)

- No e-mail do Google, há uma janela onde você pode bater papo. Se quiser, pode desativar o recurso de papo e ficar só nos e-mails. Desativando fica o seu nome, uma bolinha cinza antes de seu nome e a seguinte condição: "Invisível". Putz, assim eu fico chateado. Invisível não!

- Desgraça pouca é bobagem. Desgraça muita vende jornal, dá audiência a televisões e faz da nossa vida uma miséria.

- Quem está realmente preocupado com a suposta ida do Gugu à Record? E a confirmada permanência do Faustão na Globo? Assuntos de extrema relevância para a humanidade. A fatia da humanidade que redige revistas e sites de fofocas.

- Meu cabelo, ou o que restou dele, está cheio de pontas. Só o Bozo ficava bem assim: careca no topo do crânio e eriçado dos lados. E o cara era um palhaço...

8 de jun. de 2009

Querido diário... (parte 1 de várias)

- As pessoas reclamam da rotina, eu inclusive. Quem reclama da rotina, acaba criando outra rotina. A rotina de reclamar.

- Mês passado, trabalhei que nem um louco. Até aceito o rótulo de louco. Pior é ser chamado de vagabundo.

- Não entendo as pessoas que dizem o seguinte: "Fulano é meu amigo pessoal". Que eu saiba, não há amigos impessoais. Ou há, sei lá. Hoje em dia tem gente que namora virtualmente e nunca se viu mais gorda. E nem menos magra.

- Para algumas milhares de pessoas, novela é vício. Para outras, um barato. Eu acho um porre.

- Quer coisa mais chata que ver alguém se autoproclamar doidinho em roda de amigos e familiares? "Ai, só eu mesmo pra ser louco assim"... Esse tipo de gente deve se imaginar num seriado de TV americano, com as risadinhas ensaiadas ao fundo e tudo.

- Em breve ganho um segundo sobrinho. Definitivamente, sou um tiozão.

- Conheci uma pessoa linda há dias. As nossas óbvias diferenças só ressaltarão nossas aparentes afinidades. O que não é tão óbvio, nem tão aparente. É conviver pra crer.

- Tô até vendo um amigo dizer, com sua risadinha irônica: "O Érico e suas frases de efeito..." Acho que estão mais para frases-defeito.

7 de jun. de 2009

Eu na MAD - 5

Na edição de maio da revista MAD (ed. Panini), publiquei uma série de "cartuns fotográficos" com o nome de "Papos animados, objetos inanimados".

Como a revista já saiu das bancas, seguem os cartuns abaixo.