21 de mai. de 2012

Um pernilongo incomoda muita gente

Sabe aquele clássico começo da Metamorfose, de um tal Franz Kafka? Do Gregor Samsa acordando e vendo que tinha se transformado numa barata? Pois é. 

Lembrei disso quando um pernilongo resolveu me fazer companhia. 

O minúsculo inseto ia e voltava, tentando mirar na minha pele indefesa. A Esquadrilha da Fumaça não faria melhor.  

Tratei de me acalmar. Manter o sangue frio. Senão, o zumbidor esvoaçante desfrutaria de meu sangue quentinho.

O pernilongo pousou no teto. Peguei uma cadeira, descalcei o tênis. Cheguei o mais perto que pude do ser incômodo. E bati uma palma dentro dele, esmagando-o. Mas caí do cavalo. Ou melhor: caí da cadeira.
  
Depois de eliminar o pernilongo inconveniente com todas as forças do meu ser, me esborrachando no chão, lembrei de um sábio conselho materno para evitar desperdício de energias:

"Pare de matar pernilongos como se estivesse abatendo um elefante".

2 comentários:

Célia disse...

Rindo por aqui, Érico e dramatizando a cena hilariante! Mas, que tal serzinho é o diabo voador impertinente, ah... isso é mesmo!
Abraço, Célia.

Carla Ceres disse...

Caiu? Foi castigo, Érico. Seja mais franciscano, afinal você nunca sabe quando um irmão pernilongo é sangue do seu sangue. :) Beijos!