10 de mai. de 2012

Livros e gentileza em extinção? Ela mostra que não

Vez por outra, vejo o Roda Viva, programa de debates da TV Cultura. No centro de uma roda, um entrevistado é sabatinado por jornalistas convidados. Vez por outra, desligo a TV, nas ocasiões em que o Roda Viva se torna um ringue de luta livre.

No programa em que Jô Soares deu entrevista, uma voz de jornalista me despertou a atenção. Emitindo sons em volume humanamente audível, a questionadora não fez do entrevistado um saco de pancadas, em nome de "polêmicas" espetaculosas.

Após a entrevista, descobri o blog da jornalista: um espaço onde livros e escritores eram tratados com a mesma serenidade mostrada na TV. Tornei-me leitor assíduo, entrei em contato com a blogueira, trocamos links e gentilezas.

Num ambiente de humores instáveis feito a internet, mero reflexo de um mundo progressivamente doentio, serenidade é artigo em falta. Livros e inteligência, então, parecem produtos condenados à extinção. Tudo isso, Josélia Aguiar divide com seu público.

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