É o caso do par perfeito do apaixonado que tecia loas e mais loas ao seu amor.
Impávido no banco aconchegante da calma pracinha do interior,
prometia ao seu par rios e oceanos, céus e terras, universos e galáxias. Tudo
em nome do amor eterno.
Suando em bicas, vertendo mais líquido que a biquinha mais
próxima, o apaixonado disparou a pergunta fatal e definitiva ao seu par
perfeito:
-
O que mais eu posso lhe prometer para merecer o seu amor?
O
par perfeito, com toda a capacidade de compreensão de que era capaz, respondeu
calmamente:
-
Prometa que vai me levar pra outro lugar bem longe daqui. A praça inteira está
rindo de você.
2. O par perfeito é aquele que lhe dá apoio em todas as horas, em
todos os momentos da vida a dois.
É o caso do par perfeito daquele escritor que demorou três anos
para revisar sua obra reunida, finalmente editada em dez volumes no mais fino
papel-bíblia.
O par perfeito acompanha o exausto e alquebrado escritor, sua
cara-metade da vida toda, à noite de autógrafos da obra completa.
Na
volta feliz para casa, o par perfeito, numa demostração final de zelo antes do
sono dos justos, sopra ao ouvido do exausto escritor:
-
... mas aquele "excessão" na página 534, hein, que papelão!
3. O candidato a par
perfeito daquela que julga ser a sua cara-metade não mede esforços para ser
gentil com a amada.
No dia do aniversário da sua potencial cara-metade, data que ele
sempre se lembra com um tapão na testa no final do dia fatídico, ele resolve
dar um presente diferente.
Que tal um carro de som, com direito a mensagem romântica com
voz de locutor, rosas jogadas sobre a aniversariante, canções de Fábio Jr. e
Roupa Nova, tudo na portaria do trabalho da amada? Bingo!
Carro
contratado e encaminhado ao trabalho da cara-metade, ele a encontra no fim do
dia, para certificar-se do sucesso da empreitada romântica.
- E
então, meu bem? Gostou do presente?
-
Presente de grego! Meu chefe viu aquele carro de som fazendo escândalo na
portaria, perguntou de quem era, falaram que era meu. Fui demitida!
Um comentário:
rsrsrs A terceira história pode muito bem acontecer, Érico. Beijos!
Postar um comentário