Nos primeiros anos da minha vida útil, tive um amigo que idolatrava Glauber Rocha. Pelo que sei, a paixão permanece.
Eu é que nunca fui fã desse estilo histriônico, teatral em excesso, do cineasta. Arnaldo Jabor, em seu comentários nos telejornais da Globo, tenta a todo custo imitar Glauber, mesmo enfatiotado em ternos chiques.
Claro que Glauber Rocha tem seus méritos. Eu não seria leviano em negá-los. O Cinema Novo teve a sua importância devidamente reconhecida pelos críticos de cinema daqui e d'além-mar.
Vi Deus e o Diabo na Terra do Sol, que consagra o talento de Othon Bastos, além de ter uma trilha sonora que combina Villa-Lobos e Sergio Ricardo. Vi Terra em Transe, com Paulo Autran.
Também vi alguns vídeos com as participações de Glauber Rocha, absolutamente anárquico e desvairado, no mítico programa Abertura, da TV Tupi, graças ao YouTube. E li um livro de cartas do cineasta a Deus e o mundo: Cartas ao Mundo. No catatau, Glauber praticamente mostra suas entranhas: inquietações, projetos, delírios.
Mesmo com essa bagagem glauberiana, mesmo me rendendo ao talento do baiano, devem haver fãs melhores que eu. Meu amigo faz essa parte por mim.
Um comentário:
Também não sou Glaubermaníaca. :) Beijos!
Postar um comentário