O desenho ao lado é de uma época em que eu ouvia muita música negra brasileira. É uma caricatura do pianista Dom Salvador.
Salvador Silva Filho, nome de batismo do músico, começou a ficar mais conhecido nos anos 60 do século passado. Tocou em trios de bossa nova, daqueles onde havia baixo, batera e piano.
Não era a bossa nova de barquinhos e garotas de Ipanema, mas o samba-jazz, predominantemente instrumental.
Nos anos 70, Dom deixou de lado as bossas e formou um conjunto apenas com músicos de raça: Abolição, numa variação tupiniquim do som da Motown.
"Sangue, suor e raça" é um dos meus discos preferidos. E Salvador está por aí até hoje, morando nos Estados Unidos. Vez por outra, bate ponto no Brasil.
Se desenhista vive desenhando, músico vive para tocar. Já que os artistas do teclado me tocam, não custa nada uma homenagem singela de um rabiscador compulsivo.
Um comentário:
Belo resgate e homenagem ao Dom, de uma obra de arte sua, Érico!
Beleza! Abraço, Célia.
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