A mulher pode gargalhar com a presença do exemplar do sexo nada exemplar. Esse que veste a máscara metrossexual-por-uma-noite. Que faz por breves momentos algo que jamais faz com tamanho esmero no seu dia a dia: arruma-se, penteia-se, escova-se, sorri-se.
O don-juan segue pra balada mais próxima disposto a causar. Mas só o que consegue é causar constrangimento. Por estar vestindo a carapuça de bobo-da-corte. Mesmo disposto a fazer a corte, ariscando-se a levar uma cortada.
Superadas as barreiras da entrada da balada, do barulho da trilha sonora da balada, da dança desengonçada que prenuncia a esperança do acasalamento imediato na balada, a mulherada olha de longe os patetas metidos a galãs. E sorri.
Entre tapas e beijos sertanejos, os pretendentes vão chegando junto. Os candidatos a meteoros da paixão começam a procura das caras-metade. A mulher ri porque saca a palhaçada. Percebe segundas intenções de primeira. O papel da fêmea zelosa é jamais dar mole e sim jogar duro. E o homem fantasiado mete suas fantasias no saco, literalmente.
Vários, quase todos, derramarão suas mágoas pro santo. Ou emitirão uivos ébrios para a lua, entre golfadas de bebida expelida na calçada mais próxima.
No final da noite, mulheres rirão dos homens e para os homens. Os motivos de tanta risada serão os mesmos de sempre. Mas a graça feminina continuará até o final dos tempos. Ou a próxima ressaca dos metrossexuais da hora, mano.
4 comentários:
Fato: homens, eternos bobos da corte. #adoro.
=P
Érico, "candidatos a meteoro da paixão" é ótimo. rsrsrs Pobres homens, acreditem, as mulheres também sofrem. Abraço!
Muito bom. Garotos, garotas...
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