Aqui no blog, tenho me expressado mais com palavras que com imagens. Embora eu me intitule "cartunista".
Todo mundo sabe. Cartunistas são aqueles seres que desenham de tudo, de forma compulsiva.
Participei de intermináveis sessões de ilustração voluntária em guardanapos. Fui percebendo que essa compulsão lúdica tem efetos colateriais graves.
Esse ato, em vez de aproximar as pessoas normais da gente, que é o desejo secreto de todo cartunista, acaba por afastá-las de nós, os compulsivos engraçadinhos. Ora, ver alguém desenhando tem graça somente nos primeiros minutos, depois cansa.
Apesar de co-autor ocasional de rabiscos em botecos e autor frequente de quadrinhos e caricaturas, sempre me expressei também com palavras. Todos os meus projetos, os quais participei e os quais projetei, traziam esses dois "lados". O "lado cartunista" e o "lado escritor".
Já fiz projetos em que bancava o entrevistador. Mero pretexto para arranjar encontros com as minhas admirações. Conheci muita gente interessante assim. Nâo faço o atrevimento de me nomear "jornalista". Senão os diplomados, muitos dos quais queridos colegas, vão me colocar no pelourinho.
O que eu queria mesmo dizer com essa papagaiada? O seguinte.
Por anos e anos, eu achava que deveria escolher entre ser cartunista ou ser escritor. Tenho qualidades e defeitos nas duas áreas.
Mas resolvi que é melhor ser o que eu bem entender.
Tenho dito!
Tenho escrito!
E tenho ilustrado!
Nenhum comentário:
Postar um comentário