18 de jun. de 2009

Querido diário... (parte 4 de inúmeras)

- Erasmo Carlos tem CD novo na praça e no MySpace. Dos velhos roqueiros "made in Brasil", ele me parece o melhor de todos. Assim como há as torcidas Emilinha X Marlene, Chico X Caetano, Charlie Brown X Los Hermanos, há as torcidas Roberto X Erasmo. Quem gosta do Rei, corre o risco de ser enquadrado na categoria dos babacas. Gostar de Erasmo confere automaticamente a qualidade de "gente boa" ao ouvinte. Independente dessas conversas moles pra fã dormir - porque carisma não se explica, se curte - Erasmo Carlos mora nos meus ouvidos. Mora?

- Lula disse que Sarney não pode ser tratado como "pessoa comum". Eu, como pessoa comum, não gostaria de ser tratado como Sarney.

-Minhas companhias no dia a dia são quatro gatos. Toda santa manhã, um deles arranha a porta do escritório, desliza ao mesão próximo à janela, contempla longa e filosoficamente a paisagem e pula a janela. É a maneira de pensar no dia que está começando. Na minha manhã, vou à mesa do computador e escrevo as tarefas do dia na agenda. Mas de vez em quando dou meus pulos do gato.

- Os jornalistas não precisam mais de diploma para exercer sua profissão. A obrigatoriedade do documento foi derrubada pelo STF, em Brasília. Eu, que sou cartunista, comecei minha (pigarro) carreira em redação de jornal. Foi uma bela escola. Depois fiz muitos projetos editoriais sem jornalista por perto, a não ser precisava do tal "jornalista responsável". Cada um tem sua opinião a respeito do diploma na profissão, de acordo com seus interesses ou humores. Já vejo os dedos apontados nos rostos em mesas de boteco.

- Adoro os desenhos do Zé Carioca, aqueles feitos nos anos da Política da Boa Vizinhança. A voz do papagaio era feita por um paulista, músico de Carmem Miranda. Aloysio de Oliveira, também ligado à cantora dos balagandãs, inventou um padrão de locução para os desenhos. Fiquei surpreso ao descobrir, muito tempo depois de ver as animações, que ele ajudou a divulgar a Bossa Nova como produtor e dono do selo Elenco. O homem não era apenas uma voz de desenho animado. Papagaio!

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