- Acordei. Me cocei. Levantei. Escovei os dentes. Peguei um café. Liguei o computador. Abri a caixa de e-mails. Abri o meu blog. E comecei a escrever esta frase, indignado com esse exibicionismo que assola os blogueiros. Precisa contar o seu dia a dia segundo a segundo aos leitores? Todo mundo está virando manchete de si mesmo.
- Enquanto isso, os cinquenta anos de carreira do Rei vão sendo comemorados com espetáculos iguais em lugares diferentes, nunca com espetáculos diferentes em lugares iguais. Todo dia ele faz tudo sempre igual, e acorda fãs às seis horas da manhã para conseguir ingressos. Céu de brigadeiro, ainda tudo azul para o Rei. Menos com a venda de CDs, ruim para todo artista que um dia já se sobressaiu por suas cifras. E não estou falando de cifras musicais.
- Descobri o blog do Fabricio Carpinejar. Diferente dos cronistas engraçadinhos que sempre deram as cartas na literatura jornalística. O cara faz até consultório sentimental! E não se esconde por trás de pseudônimo. Se bem que esse nome dele já parece pseudônimo...
- Sabe quando a gente se constrange pelos outros? Uma pessoa faz uma asneira e a gente fica sem ter onde enfiar a cara, sendo que a tal pessoa é que deveria ter feito isso? Então. Senti a sensação ao ver um álbum de fotos no Orkut, mostrando uma coleção de quadrinhos. Inteira, foto a foto! Centenas de gibis. Em tempos de opção pela falta de privacidade absoluta, onde o cidadão coloca no Orkut até quantas obturações possui, idolatrar um punhado de revistas deveria ser o menor dos pecados. Mas volto ao começo do tópico, e continuo envergonhado pelo colecionador. Os nerds são desavergonhadamente felizes, eu não sou.
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