Um é o Rei, a outra é a Rainha.
O Rei vai fazer cinquenta anos de carreira. A Rainha está chegando perto dos cinquenta. De idade.
O futuro Rei começou querendo trilhar o tapete vermelho da bossa nova. Os arautos do papa João o elegeram bobo da corte. Jovem guarda da nascente música pop brasileira, proseguiu impávido. Até ser elevado a Rei da música popular verde-amarela.
A futura Rainha começou nada tímida, roçando o cetro de outro Rei, o do futebol. Adotada por um russo mancheteiro, a serva cresceu e apareceu. Até que uma tevê com ares imperiais deu um trono à loira nada burra.
Em comum, o Rei e a Rainha têm o gosto por atitudes excêntricas. E por novas atitudes que só confirmam a excentricidade das atitudes anteriores.
O Rei proibiu o acesso aos seus súditos ao seu primeiro álbum de canções, com sabor de bossa nova. Mas pôs nas lojas um álbum recente em que cantava... bossa nova.
A Rainha proibiu aos seus súditos o acesso a um filme em que tratava um garoto com todo o amor. Mas declarou a um programa de tevê que, de seu leito, costuma explodir em prazeres múltiplos.
Como súdito, eu me confundiria para atender a tais majestades. Deve ser mais fácil a carreira de bobo da corte.
2 comentários:
ahá, muito bom érico... ótimos paralelos... adorei o lance da bossa nova do rei e os orgamos da rainha...
eu ia falar da biografia proibida também, mas atrapalharia o texto, deixei pra lá.
Postar um comentário