Já vão longe os domingos em que Ayrton Senna inoculou nos brasileiros a necessidade de sempre comemorar uma vitória sua toda semana na Fórmula 1. De preferência com a narração em altos brados do locutor Galvão Bueno.
Quanto a Interlagos, jamais coloquei os pés no autódromo de mesmo nome. No bairro paulistano já andei e frequentei casa de amigo, em churrascos e encontros que não comemoravam exatamente vitórias de pilotos brasileiros nas corridas dominicais.
Ayrton Senna, coitado, não sobreviveu como mito para as novas gerações, por mais que se force a barra para isso. Em vida, plantou a semente para um instituto de projetos sociais e aprovou um gibi com seu nome no diminutivo.
Volta e meia o gibi Senninha volta às bancas, mas jamais teve vendas expressivas. Talvez porque o personagem seja tão insosso quanto seu inspirador. Que graça pode ter um menino que só pensa em correr? Assim o tipo jamais chegaria a lugar algum. Talvez à vitória, mas e daí? Tanto Senna correu que chegou cedo demais. À morte.
E já que ainda estamos no dia de Finados, cabe a lembrança de quem um dia quis ser muito vivo ganhando todas e acabou arrebentado num muro. Belo legado para as novas gerações.
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