A essa altura, todo brasileiro deve ter a sua história do apagão. Também tenho a minha.
Voltei do meu curso noturno das terças e quintas mandando tudo para o quinto dos infernos.
Já não basta o inferno do calor durante o dia, e a gente ainda tem que encarar o inferno das luzes apagadas, sem aviso e sem piedade.
No inferno, que eu saiba, pelo menos tem umas fogueirinhas acesas, prontas para iluminar o ambiente.
No apagão de ontem à noite, nem isso havia.
Havia, sim, uma multidão de cabeça quente, sem gasolina nos carros, porque os postos estavam sem energia, e sem entender a situação inaceitável que se apresentava bem ali, diante de nossos narizes.
Cheguei em casa quase apagando, e achei uma vela na cozinha, graças a meus iluminados pais.
Hoje há energia de novo. E há um desejo de acender uma vela a quem nos comanda.
Se o ato não servir para iluminar as consciências dos mandatários, que sirva para iluminar o ambiente no caso de um novo apagão. Já não basta termos, com o nosso voto, que segurar vela para uma imensa maioria de incompetentes eleitos por nós mesmos.
Amém.
Um comentário:
Érico,
Nessas horas (de apagão) é que percebo a importância da energia elétrica. Parabéns pelo texto! Abraços.
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