
31 de ago. de 2011
Abre a janela... e o livro também!

30 de ago. de 2011
Do limão, uma limonada. E uma noite de autógrafos

Pronto!
29 de ago. de 2011
20 anos de carreira, 20 amigos

23 de ago. de 2011
CONVITE: Mostra "20 Anos de um Pamonha de Piracicaba" (Salão Internacional de Humor de Piracicaba)

Há quem confunda...
21 de ago. de 2011
Crianças felizes que não quebraram os narizes
20 de ago. de 2011
Sócrates
15 de ago. de 2011
Está chegando! OFICINA DE LIVRO INFANTIL FEITO POR CRIANÇAS - Ponto de Cultura Educomunicamos

No dia 20 de agosto de 2011, das 14 às 16h, o cartunista Érico San Juan ministrará uma oficina de arte para crianças em Piracicaba, no Ponto de Cultura Educomunicamos.
Na oficina, será feita a criação de um livro ao vivo: história, personagens e ilustrações criados pelas crianças inscritas na atividade.
As crianças são desafiadas a resolver um problema entre os personagens: como tirar um amiguinho da frente do seu computador, levando-o a brincar com elas à luz do sol?
Criada a história e escolhidas as ilustrações, o conteúdo é editado pelo cartunista-orientador no formato livro-poster.
Todos os desenhos produzidos na oficina farão parte de uma mostra no próprio local da atividade.
O livro-poster terá lançamento no dia 31 de agosto, às 19h, em noite de autógrafos com as crianças-autoras.
O ORIENTADOR
Érico San Juan é ilustrador e caricaturista desde 1991.
O autor comemora duas décadas de carreira com uma mostra paralela oficial do Salão Internacional de Humor: "20 anos de um pamonha de Piracicaba". A mostra paralela abre em 28 de agosto, às 10h30, na Casa do Povoador.
Sua primeira atividade para o público infantil foi como ilustrador do Jornalzinho, suplemento semanal do Jornal de Piracicaba, entre 1991 e 1997. Já as oficinas de livros criados por crianças existem desde 2005.
A seguir, alguns desses livros, disponíveis no blog ericosanjuan.blogspot.com:

VANESSA E RAFAEL
Livros criados em oficina para alunos da rede municipal de ensino de Piracicaba, em 2005, na Biblioteca Pública Municipal “Ricardo Ferraz de Arruda Pinto”.
Prefácio dos livros pelo escritor João Carlos Marinho, autor dos clássicos infanto-juvenis O Gênio do Crime e Sangue Fresco.

Livro-poster criado em oficina na extinta Livraria ParaLer, no Shopping Piracicaba, em 2008.
Capa do cartunista Spacca, autor dos albuns de quadrinhos “Santô”, “D. João Carioca” e “Jubiabá de Jorge Amado” (Cia. das Letras) e ganhador do prêmio Charge do Salão Internacional de Piracicaba (2005).

Cartilha de segurança no trabalho, ilustrada por filhos de funcionários da Dedini S/A Indústrias de Base (Piracicaba e Sertãozinho, SP), em oficinas de arte realizadas em 2008.
NOITE DE AUTÓGRAFOS: 30 de agosto de 2011 (19h)
10 de ago. de 2011
Elogios
6 de ago. de 2011
Ficção barata cheirando a naftalina
Acordou e viu que tinha se transformado num ser insone. Que raiva! A preocupação com o tudo de todo dia não o deixara relaxar e dormir o sono dos justos. Voltar a dormir? Imagina. O jeito era vagar feito zumbi até a calma surgir, retornando enfim ao leito sagrado, junto a anjos, santos, querubins, gnomos, anões de jardim e demais entidades anedóticas.
Andou dez mais dez mais dez passos, rumo à geladeira. Um copão de leite? Um rabanete? Limpeza na geladeira? A molecada andava sujeirando com mostarda o gélido espaço. Uma boa botar as pestes para limpar tudo com a língua, não é?
O achômetro do pai de família captava que a meleca iria atrair a atenção de carismáticas baratinhas, como a que o fitava atenta, numa das prateleiras do congelador, e...
Uma barata na geladeira! Mais essa para implodir o meu dia-noite, pensou o zumbi de ocasião. O bicho não saíra do lugar, esperando que o seu companheiro de treva tentasse alguma reação - chinelada, grito de horror, tapa. Essas coisas que a gente sabe que nunca exterminarão as baratas da face da Terra, mesmo oferecendo às tais a outra face para bater.
Cansada de aguardar e confiante de que nada aconteceria, a barata saltou para o ombro esquerdo do sujeito. A curiosidade matou o gato da casa; mataria também o sujeito do sono perdido? Este procurou se contentar com a idéia de ter aquele absurdo em seu corpo, esperando o próximo passo.
Não demorou o desfecho. A barata saltou ao chão, sumindo atrás da geladeira. E o sujeito? Coube a ele verificar a sensação de pele incendiada no ombro pisoteado. Para quem quisesse conferir, um número carimbado na pele: 13!
Diacho de dor! Procurou um algo-qualquer para aliviar a queimadura... Maldita barata, peste desgraçad... Nem completou a frase. Da geladeira, um exército de antenudas carimbantes rastejou em sua direção.
Nisso, bateu o sagrado instinto de sobrevivência no distinto cidadão. Tratou de se mandar rapidinho, tropeçando nas bugigangas encontráveis pela frente. Ah, se a molecada deixasse seus brinquedos no lugarzinho certo...
Próximo à porta principal, o fulano escorregou num tombaço, conseqüência de um feito anterior da empregada: chão enceradésimo. Mulher cabeça de vento! - foi o derradeiro pensamento da vítima, seguido de cabeça quebrada, comemoração guerreira da barataiada, urros e vivas.
Igual exército de formiguinha em desenho animado do pato Donald, o exército marrom carregou o defunto fresco ao quintal, retalhando o corpo cuidadosamente, para caber direitinho no compact-disc voador. O gato da casa, vítima 12 no cargueiro do pequeno OVNI, cheirava a esgoto - não que esse odor não fosse familiar a uma comunidade baratológica...
Qual seria a próxima vítima? Guerra nuclear poria um fim à tal raça humana, cedo ou tarde; no entanto as baratas, com o extermínio de seres humanos descrito aqui, se anteciparam ao destino. Tinham raça, um exército numeroso, esperar para quê?
Passo seguinte: buscar o número 14. Conforme o plano, na mesma madrugada chegariam à vigésima-primeira vítima. Na casa ao lado, um moleque jogava paciência no computador.
Nessa aventura revolucionária, baratas demonstraram possuir uma certa paciência...
(Texto publicado na seção de crônicas de um extinto portal de internet, a três dias de 2001. O portal acabou, mas consegui gravar os textos da seção. De HD em HD, este texto sobreviveu, feito barata após explosão nuclear)
Tinha Santiago no meio do Caminho

Aviso importante: a primeira pessoa deste texto é absolutamente falsa. Ou não, sei lá.
No meio do caminho, meus pés estacionaram no que parecia ser um restaurante, no meio do deserto. Três dias seguidos de caminhada, morrendo em pé, preferia morrer deitado. Era necessário acreditar na existência de algo, senão a morte viria, sem sombra de dúvida, na aridez do deserto.
Arrastei o corpo ao salão principal do restaurante. Lugar quente pra diabo, pra anjo ou pra qualquer um, o salão trazia uma decoração até interessante, que neutralizou temporariamente o calor do momento. Os quadros na parede sugeriam festas suntuosas, banquetes nababescos, orgias gastronômicas intermináveis. O desejo de sorver apenas um golinho dágua persistia.
E ela chegou. Apresentando-se como senhora Santiago, a dona da esperança. Frase bonita? Que nada: Esperança era o nome de sua filha, disputada por todos os andarilhos, segundo o relato orgulhoso da senhora Santiago. O viajante que vos fala queria comer o que se come normalmente num restaurante, não uma Esperan... bom, esquece.
"A Esperança é a última que morre", exclamou a mãe de Esperança. Até aí, morreu Neves, refleti, o que me relembrou a existência de um estômago pedindo socorro - o meu -, e uma garganta ressequida - a minha. Neves era um bom sujeito, lembrava neve derretida, o mesmo que água... Aquela senhora jamais pararia de falar sobre sua filha, não fosse impedida.
"E a Luz foi feita!", gritou a senhora Santiago. Outra frase-feita, pensei, buscando socorro nos meus desgastados neurônios. Dos fundos do restaurante, trajando um avental amarelado e limpando as mãos, surgiu a tal Luz. Esperança que era bom, never. Nisso, o sinal vermelho de minha velha e boa sanidade piscou, após dias de sol fervente aplicado na moleira.
Postei-me de joelhos diante da velha, implorando por um copo dágua, pelo amor de Nossa Senhora, de Deus, do diabo que a carregue!! Estupefata, a senhora Santiago se mandou para a cozinha, deixando à minha frente uma Luz de olhos arregalados. Era a gota dágua. Desmaiei, faltou Luz nessa hora.
Quando dei por mim, estava deitado sob uma palmeira, esperando minha hora chegar, com esperanças que o relógio do tempo estivesse atrasado. Ao meu lado, um livro de Paul Rabbit, a seguinte frase estampada numa de suas páginas: "O universo conspira para que você realize seu pior pesadelo".
Recorrendo a uma energia inexistente, mandei Paul à ponte que partiu, concluindo que meu sonho, percorrer o caminho de Santiago e encontrar a iluminação espiritual, se tornara de fato um pesadelo. Sem mais delongas, morri. E parti para outro plano, fazer companhia a um tal de Brás Cubas, que morreu de rir da minha desventura contemporânea.
4 de ago. de 2011
Com os burros n'água

Antes dos blogs e das conexões de internet a jato, trabalhei num portal de internet na minha cidade.
Por incrível que pareça, fui cronista do portal. Era um trabalho voluntário, porque na última fase do trabalho os investidores mandaram tudo para o inferno. E mandaram a equipe inteira para o mesmo lugar. Eu incluído.
Antes de levar um pé na bunda, publiquei alguns meses na seção Conversa na Praça. Fazia crônicas, contos, charges e outras viagens na maionese. A fábula caipira a seguir, de 2001, saiu nessa seção. Divirtam-se, se puderem.
O caipira respirou o ar puro, pensou em como Deus era bom por lhe dar saúde para dar e vender: a ele, à mulher, aos filhos. Olhou o sol nascendo por trás da montanha, saiu de casa, abriu o portão e alargou o passo em direção ao rio.
O sol, até então calminho e espreguiçante, tratou de cumprir a missão a que fora encarregado por Deus, iluminar a Terra com todo o fervor. O caipira percebeu a quentura e recuou três pernadas. "Esqueci o chapéu em casa, sô!"
Chapéu na cabeça, o caipira voltou à descida para o rio. Pena a violinha estar em casa, senão pegava a malvada, tocava o "Rio de Lágrimas"... , música que a memória do capiau trouxe naquele instante solarento, ensolarado, suarento.
"Vida marvada!", suspirou o nosso personagem, sem o saber um descendente direto de Jeca Tatu, Mazzaropi, Cornélio Pires.
O caipira tirou o fumo do bolso, parou debaixo duma pitangueira, catou o facão, picou o fumo, enrolou, lambeu, fumou. Para enganar a fome, pegou umas pitangas e comeu, enquanto chegava ao rio.
Andou mais um tantinho, desceu um barranco meio barrento e chegou ao filete de água. Uma nascente, na verdade, que o jeca respeitosamente chamava de rio, pois garantia sua água limpinha de todo santo dia. Sentou-se numa pedra, terminou o cigarro de palha, tirou a roupa, tomou banho.
Assobiando algo que julgava ser "Rio de Lágrimas", o caipira se ensaboou. Até que algo surgiu no barranco. Uma cabeça de animal observava o ensaboado. E o caipira nem aí. E a cabeça lá.
O animal, dono da cabeça misteriosa, resolveu não ficar ali, feito bobo-espantalho. Desceu o barranco, escorregando, pois o lugar tava um barro só, e assim chegou ao filete dágua. O caipira, praguejando, se afastou. O quadrúpede entrou no filete e começou a fazer estrepolias com a água, feliz da vida.
Longe, o caipira amaldiçoava céus e terras, animais racionais e irracionais. Estava estragado seu paraíso aquático. Adiantou nadinha acordar cedo para o banho. O jeca dera com o burro n'água, ou melhor... com os burros n'água.
3 de ago. de 2011
Ditados Editados
Frases de autoajuda que não ajudam em nada
2 de ago. de 2011
Humor Internacional de Piracicaba

Críticas literárias
1 de ago. de 2011
De novo, o velho Datenão
