Como muita gente, também ouvi essa maravilha chamada "Casa no Campo". Depois, meu irmão comprou o CD do grupo Joelho de Porco, Saqueando a Cidade, e o solo I Acto. Trabalhos e concepções diferentes, o humor e a poesia em momentos distintos. As duas vertentes se uniram em "Quando será".
Já no novo século, com a febre das listas de discussão na internet, tive contato com a língua ferina e sensata do artista. Cheguei a visitá-lo em sua casa, ele sempre trabalhando freneticamente, sempre gentilíssimo.
No final do ano passado, seu parceiro Guarabyra me convidou para criar a capa do CD de Sá, Rodrix e Guarabyra ainda inédito.
Meses depois, ouvi na Rádio USP FM uma série de programas especiais, conduzidos pelo jornalista Toninho Spessotto, sobre vida e obra do compositor. O homenageado tocou sucessos e canções inéditas. "Onde os anjos não ousam pisar", parceria recente com Etel Frota que ele tocou no programa, me arrepia até hoje.
Cruzei com Zé a última vez neste blog. Ele mandou um e-mail comentando o artigo sobre a Banda Calypso.E foi só. O que pra mim já é muito.
Tchau, Zé Rodrix.
(O desenho acima é uma caricatura de Sá, Rodrix e Guarabyra, feita por mim pouco depois do retorno do trio. Guarabyra adotou este desenho como ilustração para sua seção de crônicas em um site na internet)
4 comentários:
Zé. Rodrix.
Fica aqui também pra ti meu grande abraço. Você embalou minha adolescencia com as canções maravilhosas daquela novela CORRIDA DO OURO. Alem de musico Rodrix foi jornalista e escritor. Foi o grande responsavel pela minha vida de bibliófilo, pois teve uma coluna em que dava dicas de onde achar livros e discos de sebos de S Paulo e do Brasil. Coluna essa publicada no jornal F S Paulo, no inicio dos anos 1980.Incutiu em mim o gosto pelos alfarrábios.
Quando morre alguém querido eu fico é com muita raiva.
joão antonio
Também passo por aqui para elogiar o teu texto, Érico, e dizer o meu muito obrigado para o Rodrix. Vai fazer falta sim. Que fazer? Sentir saudades e continuar ouvindo sua obra, lendo seus livros, quem sabe numa Casa do Campo? Abraços a todos os fãs dele e a você.
Chocado com a morte do amigo e parceiro. Mas é bom que saibam e vejam:
O Canal Brasil presta homenagem ao cantor, compositor e instrumentista Zé
> Rodrix - morto na última quinta-feira (21/05/2009), aos 61 anos -, com a
> exibição da entrevista entre Paulinho Moska e o músico. No Zoombido, Zé
> Rodrix fala sobre a música na sua infância e seu processo caótico de
> criação, no qual as letras nasciam de ideias e imagens do cotidiano. Conta
> ainda que utilizava a mistura de ritmos - rock, samba, bossa - como
> ferramenta principal para compor.
>
>
>
> Em seguida, o público confere o curta-metragem A Nova Estrela (1972) (9'),
> dirigido por André José Adler. A produção é uma espécie de pré-clipe – à
> época, ainda não existia o conceito de videoclipe – do Som
> Imaginário, conjunto de rock progressivo formado por músicos como Zé Rodrix,
> Wagner Tiso, Tavito e Robertinho Silva, dentre outros instrumentistas que
> acompanharam Milton Nascimento. O filme é um compilado de imagens embaladas
> pela melodia da música A Nova Estrela, de Wagner Tiso.
>
>
>
> Segue a programação em homenagem a Zé Rodrix:
>
>
>
> Sexta, dia 22/05:
>
>
>
> 16h - Zoombido: Moska entrevista Zé Rodrix
>
> 16h30 - Curta na Tela: A Nova Estrela
>
Salve Érico! Há quanto tempo, hem? Que saudade me deu ver essa caricatura que me fez lembrar daquela série antológica que você fez na M-Música. Até eu mereci o teu traço, que guardo com o maior carinho.
Belíssima homenagem ao nosso amigo Zé, que é merecedor de todo esse carinho que varre a internet, a mídia e os corações de seus fãs.
Vai ficar essa saudade imensa. E as canções que nunca esqueceremos.
Abração
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